Vindimas 2011

Mais um ano e desta vez, apesar das queixas ouvidas na televisão, parece que houve mais fartura do que há memória, estando toda a quinta carregada como esta parte:
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Os cachos nunca estiveram tão repletos de uvas:
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Mãos experientes, cortaram quase pelo tacto pois por elas já passaram muitas colheitas:
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Também se faz vinho branco:
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Depois de esmagadas as uvas no lagar, outrora com os pés mas hoje em dia cilindradas com máquinas a motor:
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A recolha do sumo continua a ser feita de forma rudimentar:
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Apesar de não beber, é uma tradição de família e sei que a minha ajuda é bem-vinda pois os corpos dos mais antigos agradecem.

5 comentários:

Joana disse...

Curioso ou não, nunca tinha reparado que tinha seguidores masculinos e nunca cá tinha vindo parar.
Obrigada pelas tuas palavras...:)

Nunca participei numas vindimas, mas é coisa que certamente gostava de ver (de participar já não tenho tanta certeza ahaha).

Podes-me considerar seguidora. *

Herético disse...

só o cheiro deve embebedar x)

Bid disse...

Joana: Os seguidores masculinos são mais discretos =)
Tens de participar, é parte da nossa cultura. Pode custar um bocado fisicamente (nos dias de hoje já nem por isso), mas enriqueces muito com as histórias e cantares dos mais velhos!
E obrigado =)

Herético: Não embebeda! Naquele estado ainda é apenas sumo de uva. Só depois da fermentação e transformações é que ganha o álcool! =)

margarida disse...

parece o lagar do meu avô. Só que a recolher o sumo, não está um balde de plástico, mas um caneco gigante de plástico azul ou de folha de lata. Depois de pisados, os engaços passam para a prensa de madeira, onde vão sendo acrescentados barrotes de madeira, à medida de a prensa desce, ao som de um tlac-tlac, tlac-tlac.

Desde que o meu avõ ficou mais doente que se acabaram as vindimas . Sobraram meia dúzia de cepas, e o resto foi arrancado. Dantes podiam ser umas 20 pessoas, entre familiares e vizinhos. Sinceramente, depois dos primeiros 10 minutos, estava farta. Por isso, cedo fiquei com a competência de fazer comida para toda a gente. Muito melhor...
No entanto, lamento que as minhas filhas já não assistam a isto, à apanha e descamisada do milho, ao semear e arrancar das batatas. Felizmente, ainda vêm algumas agriculturas do meu pai, e adoram ir regar, andar pelo meio dos feijões, da abóboras, de botins, enquanto a água vai sendo deviada de leira para leira..

Bid disse...

Margarida:Aquele balde era só para facilitar a retirada do vinho rosè. Como teve que sair rápido pois viria o vinho tinto usou-se outros métodos =) Depois fez-se então o vinho tinto e aí também se usou a prensa =)
No tempo do meu avô eram dezenas de pessoas, agora é o meu pai e algumas pessoas de idade que se chegam por gosto. Temo que quando o meu pai achar que não consegue mais, vá também morrer este capítulo, pois eu não gosto de vinho e o meu irmão não é dado a estas coisas. Eu gosto de ajudar, mas não será um prazer para mim fazê-lo.
Sei que será uma pena =\