Levo o bom mas também o mau

Nem sempre estamos no nosso melhor.
Por vezes, estamos mesmo no nosso pior e batemos no fundo. E só nos damos conta quando lá chegamos e arrastámos tudo o que, com a aflição, conseguimos alcançar para nos agarrar. Estive numa dessas vezes.

Há pouco tempo, e fruto de uma sequência de problemas que pareciam adicionados por um cientista maluco, comecei a minha espiral recessiva. Não há travões. É andar em ponto morto a tentar desviar das piores opções mas a saber que o fim não será melhor.
Há os amigos, os "amigos", os conhecidos e até os que nunca nos conheceram a querer ajudar. A forma como o fazem difere, mas todas têm o mesmo resultado: nada ajuda. Com pessoas a puxar para cima e outras para baixo deixei de caminhar pelo meu pé. Como se puxassem para todos os lados e sem dar por isso passei a ser uma marioneta.

E depois?

Depois não há muito a fazer.
É uma angústia... uma luta diária que não leva a lado algum.
É querer respirar, sair desta condição e não dar. Querer voltar ao que se era e não conseguir.

Tantas pessoas à volta e sentir-se sozinho... escalar, mas estar preso.
Passam-se dias, semanas, meses e acaba-se por desistir. Eu desisti. Desisti várias vezes pelo meio numa tentativa de ganhar forças, até que não dá mais, desiste-se simplesmente.
Mesmo fechado/sozinho, andei à tona, à vontade das marés. Vagueando por onde todos me vêem, dizendo "olá" mas sem saberem o que ia cá dentro.
Até que chega o momento em que nos cansamos de não ir. Se fica farto de ficar a ver. Montado na pouca coragem que sobrou, nos pós que ficaram dos sonhos e nas migalhas do meu ser, inicia-se uma nova viagem.
Não sei se será a melhor mas serei eu novamente ao comando.

(fotografias: Novembro 2016 - Art in Paradise, Chiang Mai, Tailandia)

Coisas que me deixam fascinado (9)

Yehuda Devir é um cartoonista que retrata as peripécias do dia a dia com a sua companheira.  É delicioso ver como a retrata em cada um dos seus desenhos. Acabamos por nos rever em muitas das situações e querer viver novamente ou pela primeira vez aquele momento.
Vale a pena ver e seguir a sua evolução já que as obras estão cada vez melhores (um dia serei assim).








https://www.instagram.com/jude_devir/
https://www.facebook.com/yehuda.devir

Levo os erros

Como todo o ser humano: erro.
Há pessoas que erram mais que o habitual e considero-me uma delas!

Falho em todos os ditados populares: "(..) à terceira é de vez", "onde há erro há emenda", etc., já que continuo a errar, a fazer os mesmos erros vezes sem conta e, o pior, a não aprender com eles.
Não falo de erros gramaticais, erros a responder para queijinho no trivial pursuit versão diamante. Falo mesmo daqueles erros que nos condicionam a vida: sentimentos, dinheiro, amizades, etc.

Já perdi muito.. carago perdi mesmo muito! E continuarei a perder! É uma das condições da vida, a perda, mas fogo... custa ainda mais quando se perde por esses erros.. tão dispensáveis, tão básicos!

Começo a acreditar que o meu fado é conquistar, errar e perder. Vezes sem conta, assim, desta forma sem espaço para variações. Um ciclo, que espero, que na sua última volta alguém lhe/me ponha a mão.

Levo a certeza que não quero ser mais um

Um murro no estômago, seguido de uma lambada, estas palavras.

É necessário ser mais do que o que as pessoas querem que sejamos: É necessário sermos nós próprios!

Coisas que me deixam fascinado (8)

Um sketch que me deixou largos minutos a olhar e "viajar":
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(respirar fundo)

Vale a pena ver os restantes trabalhos do Andrey Samarin. Simples, quase todos a carvão e tem o corpo feminino como principal inspiração (e que bem que o retrata!).


https://www.instagram.com/andreysamarin/
https://www.facebook.com/SamarinsArtStudio/

Levo o tempo que passou sem ser registado

Passaram-se mais de 4 anos.
Desde a última vez que escrevi, tanta coisa se passou... É assustador olhar para trás e ver tudo o que este tempo mudou! É uma volta na montanha russa de acontecimentos e sentimentos, que agora ao ver de forma rápida faz com que até fique tonto:
Trabalhei por conta própria, passei a efectivo na mesma empresa, pouco depois tive que sair e arranjei emprego no dia seguinte.Viajei para 4 novos países e visitei sítios incríveis. Casei e separei. Ri e chorei mais do que alguma vez pensei ser possível. Alguns amigos foram mas mais vieram. Abracei muito, incluindo novos desportos. Comecei tanto que não acabei e não fiz metade do que queria ter começado. Estive tanto tempo em dúvidas e agora vejo que tanto tempo parado.
Foi "one hell of a ride" e que me trouxe de volta até aqui.
Muito se passou... mas muito mais se irá passar!
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